Eu
quero ficar velho e me sentir bem sob minha pele branquela,
aceitar
os dentes fracos e lutar por eles,
relaxar
minhas pernas castigadas pelo peso das escolhas,
amar
minhas rugas lapidadas por preocupações tolas,
cultuar
minhas marcas talhadas pelo tempo, pelo destino.
Aceitar-me
na minha pele é fazer as pazes com o espelho,
ser
o que se é, ver o que se vê...
é
se deixar mudar na lua cheia e se isolar do mundo na TPM,
sem
culpa, sem medo, sem dúvida.
Parar
de lamentar, lamuriar pelo que não tive e o que não tenho,
deixar
de ruminar o passado ou apostar demais no futuro,
e nunca,
nunca culpar ninguém por meus atos, minhas escolhas.
Quero
ficar velho e aceitar o jardim que plantei.
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