sábado, 20 de julho de 2013

limpar, cuidar, viajar

Gosto de faxina, viagem e criança.
Tudo que mexe com a gente, que traz mudança.

Mexer na própria bagunça é uma provação.
Nunca se sai impune de uma arrumação!
A gente é obrigada a deixar pra trás tudo aquilo que não serve mais.
Difícil mesmo é tomar a decisão,
mas depois que se começa vira diversão.
A gente encontra coisa perdida, espana o pó e tira o mofo.
Uma boa faxina limpa a alma e abre espaço pro novo.
E só depende da vontade de mudar,
de seguir em frente e se desapegar.

Viajar é tirar o velho sapato moldado no pé.
Se aventurar sem saber direito o que vem pela frente e que sujeito se é.
Não existe melhor forma de se encontrar do que sair do nosso lugar.
Tudo pode acontecer e nada se pode controlar.
Ficamos vulneráveis, instáveis, mutáveis.
Marca-se voo, hotel, passeio e encontro,
só que as surpresas da estrada são o melhor ponto.
E na volta tudo parece diferente,
nem mesmo a gente reconhece a gente.

Já criança, quando chega, provoca uma avalanche.
Antes mesmo de ela nascer a mudança já é grande.
Muda teu corpo, tua casa, tua vida.
Te faz olhar além do umbigo e da própria ferida.
A gente perde o medo que aprisionava e passa a temer o que nem se imaginava!
Depois de ter filho a noção de tempo e espaço muda.
A gente se veste de super herói e do ego se desnuda.

Por isso eu gosto de faxina, viagem e criança.
O que faz olhar pra frente e ter esperança.
Tudo que te move na andança.