segunda-feira, 4 de junho de 2012

Os rabugentos que me desculpem, mas bom humor é fundamental


O bom humor é um dom. Uma qualidade rara. Não se pode roubar, vender, doar. Tem gente que nasce com ele e tem gente que aprende a ter. Mas não pense que é tarefa fácil. Pra quem está acostumado a reclamar da vida tirar leite de pedra é um trabalho diário e exaustivo que exige disciplina e sacrifício. Eu sou uma dessas figuras que tem o dom de enxergar o lado negativo das coisas. Procuro defeitos, fuço o erro, cutuco o destino, encontro até pêlo em ovo. Tenho que ficar sempre alerta pro bichinho do mau humor não dominar. Sim, porque gente reclamona é uma praga que se alastra e contamina um rebanho.
Gente que reclama demais, que bota defeito em tudo só  atrasa a vida. Dela e do bando todo. Com o tempo nossa tendência é afastar gente assim e se aproximar dos mais positivos, divertidos, de bem com a vida. Essas figuras são como imãs que atraem coisas boas por onde passam. É o tal do Segredo que nunca foi segredo pra ninguém.
Se parar pra pensar a vida é problema atrás de problema. A diferença é como você descasca o abacaxi, como você corta o pepino. Na real, a gente nunca sabe se o que está acontecendo é bom ou ruim, simplesmente é. Por alguma razão que um dia saberemos. Ou não, já diria Caetano. Então adianta ficar remoendo os problemas? Ruminando as dificuldades? Nada. Só traz mais doença e sisudez. E além dos seus próprios ainda ter que compartilhar a tragédia alheia? Ninguém merece. Foi-se o tempo em que a humanidade preferia a tragédia. Shakespeare que o diga. Quer bilheteria lotada hoje? Monta uma comédia. O povo quer rir. Rir de si mesmo, rir da vizinha, da família, do político, rir da tragédia humana. Por meio do riso vem a identificação.
Sou fã do bom humor. Acho que ele emagrece, enobrece, enaltece. Ele inspira, aproxima, cura, contamina. Sem falar que arrebata e apaixona. Que mulher já não ficou caidinha pelo bom humor de um cara? Eu confesso suspirar por gente de humor afiado. Claro, tem que ser humor inteligente quase de nascença. Não pode ser aquele chato que conta as mesmas anedotas antigas e controversas. Aquele que perde o amigo, mas não a piada. Ou perde o amigo PORQUE conta a piada (rs). Quando o sujeito faz humor demais com tudo e o tempo inteiro acaba falando bobagem e passando da conta também. Humor é como bebida, há que se ter moderação.
O resto é pessoal. Tem gente que gosta de piada chula, outros preferem o humor ácido ou negro. O que vale é encontrar no meio do caos um lado positivo, divertido. E pode ter certeza de que ele está ali, nas entrelinhas, na esquina, escondido em algum canto. Porque só um cara muito bem humorado poderia criar um mundo assim tão louco. E vamos e convenhamos, nós seres humanos somos mesmo uma piada.
  

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